Um pouco mais de azul

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Uma das razões fortes para não poder (nem querer) afastar-me totalmente da blogosfera

"É engraçado que descobri a eternidade ao mesmo tempo que me indignei com a injustiça da minha mortalidade. A eternidade, que afinal tinha conhecido a vida inteira, descobri-a no dia (...) em que nasceu o meu filho."

Catarina Campos, "A eternidade", in Psicologia Actual, nº 1, Março de 2006, p. 86.

Estou tão contente e orgulhosa, minha querida! Ao ler esta crónica (quem quiser ler mais, vá comprar a revista, vale a pena e não só por causa da Catarina), recordei os tempos em que encontrei o teu baby-blog e fiquei cheia de curiosidade em saber quem estava por detrás daquelas palavras de mãe com que tanto me identificava. Não sabia então ainda que se faziam amizades a sério através dos blogs. Agora sei-o.

Tara?

O meu cão é doido por cuecas, meias e lenços de assoar. De preferência sujos. Chega a tirar meias e cuecas das gavetas e lenços de dentro dos nossos bolsos e da minha carteira.
Será que tenho um cão tarado?

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Balada do Outono

Águas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão
Acordar
Águas
Das fontes
calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Do rio correndo
Poentes morrendo
P'rás bandas do mar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar.

Uma das canções do Zeca Afonso de que mais gosto, no dia em que ele deixou de cantar, respondendo ao pedido da Isabel.

domingo, fevereiro 19, 2006

Tanto azul...

Este fim-de-semana o Um pouco mais de azul celebra o seu segundo aniversário. Dois anos em que aqui registei alegrias e tristezas, desabafos, pensamentos, pequenos acontecimentos do quotidiano, usando o blog como uma espécie de saco de boxe terapêutico. Dois anos que assistiram a momentos marcantes na minha vida, registados com maior ou menor transparência ao longo de mais de 1300 posts, que foram comentados por um número nunca contabilizado de leitores, alguns dos quais passaram a fazer parte dos meus afectos, da minha vida, do meu quotidiano até.
Estes últimos dois anos foram, sem dúvida, fundamentais para mim. Foram anos de dobragens de "cabos de tormentas", profissionais e pessoais. Aqui se sucederam os desabafos e suspiros de quem se sentia prisioneira do que parecia ser uma interminável tese - que chegou ao fim. Aqui ficaram também os registos de uma outra dobragem de cabo, que implicava uma reconciliação comigo mesma e com as partidas que a vida me pregara - também esse foi, a pouco e pouco, ultrapassado, e às águas tormentosas em que há dois anos navegava substituiram-se serenas águas azuis, não livres de escolhos nem de perigos, mas que não me pedem desabafos nem socos em sacos de boxe feitos de palavras.
É por isso que, neste momento de aniversário que me obriga a uma reflexão sobre o sentido de aqui escrever, a tentação de encerrar o blog é imensa. Já escrevi palavras para o finalizar, já as apaguei, para as voltar a escrever e de novo as apagar. É que... Raios, as palavras não saem, não fluem, não traduzem nada do que eu queria dizer.
Queria falar do azul. Dos milagres que nos espreitam na mais insuspeitada volta da vida. Da doçura que me envolve neste exacto momento. Dos momentos que desejaria cristalizar para sempre, guardar intocáveis, intermináveis, porque feitos de felicidade em estado puro. E nada disso me sai traduzido em palavras que aqui queira registar. Mais do que nunca, a minha vida é feita de actos concretos e palavras realmente pronunciadas, que só quero deixar registados no meu coração.
Não fecho este espaço. Deixo-o em aberto, para quando me apetecer voltar aqui. E até lá, muito, muito obrigada a todos vocês.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Coisas que me apetecem

Dançar, esquecendo que existe um mundo à minha volta.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Uma questão de fé

Falta-me convicção a cada vez que introduzo uma fichinha mais nesta malfadada base de dados. Até parece que passei da resmunguice por causa da tese para a resmunguice por causa da base de dados. Mas na tese eu acreditava - e nisto não. A cada ficha, só me ocorre que tudo isto é trabalho e tempo deitado ao lixo. Espero estar errada...

S. Valentim

(com um dia de atraso, mas a vida é assim)

Não gosto do dia de S. Valentim e das lojas carregadas de prendas mais ou menos palermas para oferecer em dia de namorados. A ideia do dia nada me diz. Mas guardo, como tesouros, as prendas recebidas a propósito do dia de ontem. Uma delas está pendurada no meu quadro de cortiça, na parede aqui ao meu lado. A outra não se guarda em nenhum lugar palpável - vive-se.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Impressão matinal

O ar gelado arrefece-me o peito quando inspiro. O sol desponta e anuncia um dia luminoso. Pequeninas flores rosadas cobrem os ramos das árvores que ladeiam a estrada.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Apelo

Pedem-me por mail para divulgar este apelo: há um casal de "collies" em risco de serem abatidos no canil de Leiria. Têm 8 e 9 anos, foram levados pelo dono que disse que não os podia ter mais e deu ordens de abate. São muito bonitos e meigos e estão bem tratados. Quem os puder acolher contacte p.f. Maria dos Anjos, presidente da Associação Fiéis Amigos, pelo telefone 917277107.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Cof, cof, cof... Atchim!

Os sons do dia cá por casa.

Back to normal

ADSL de novo a funcionar, graças à loja de informática da esquina que, em 2 minutos e de borla, me resolveu o problema do cabo a que nem a PT (que vende o Sapo) nem a Vobis conseguiram dar resposta. E a lojita da esquina ganhou, definitivamente, uma cliente.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

1+1+1=3

Há somas tão saborosas que só apetece continuar a somar até perder a conta.

Era uma vez...

... uma ligação ADSL, destruída por um cachorro corredor que desta vez não roeu, mas tropeçou no fio que liga a net ao telefone. A emissão será retomada quando a net deixar de ser a vapor lento cá por casa.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Reflexão matinal

Durante anos e anos, a palavra de ordem no que diz respeito ao casamento foi desvalorizar completamente a sua função, o seu carácter legalizador de uma união, que não devia valer mais pelo facto de estar consignada num papel do que por ser verdadeiramente sentida pelos dois - conseguindo-se que a união de facto seja (e muito bem) reconhecida por lei.
Acho piada que agora se reclame a urgência, a premência, a necessidade imperiosa de que os casais homossexuais possam casar. Será que o tal papelito que tanto se quis amarrotar e deitar para o cesto do lixo dos espartilhos impostos pela sociedade afinal vale alguma coisa?

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Parabéns, meu amor!

11 anos de ti.


 
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