Tanto azul...
Este fim-de-semana o Um pouco mais de azul celebra o seu segundo aniversário. Dois anos em que aqui registei alegrias e tristezas, desabafos, pensamentos, pequenos acontecimentos do quotidiano, usando o blog como uma espécie de saco de boxe terapêutico. Dois anos que assistiram a momentos marcantes na minha vida, registados com maior ou menor transparência ao longo de mais de 1300 posts, que foram comentados por um número nunca contabilizado de leitores, alguns dos quais passaram a fazer parte dos meus afectos, da minha vida, do meu quotidiano até.
Estes últimos dois anos foram, sem dúvida, fundamentais para mim. Foram anos de dobragens de "cabos de tormentas", profissionais e pessoais. Aqui se sucederam os desabafos e suspiros de quem se sentia prisioneira do que parecia ser uma interminável tese - que chegou ao fim. Aqui ficaram também os registos de uma outra dobragem de cabo, que implicava uma reconciliação comigo mesma e com as partidas que a vida me pregara - também esse foi, a pouco e pouco, ultrapassado, e às águas tormentosas em que há dois anos navegava substituiram-se serenas águas azuis, não livres de escolhos nem de perigos, mas que não me pedem desabafos nem socos em sacos de boxe feitos de palavras.
É por isso que, neste momento de aniversário que me obriga a uma reflexão sobre o sentido de aqui escrever, a tentação de encerrar o blog é imensa. Já escrevi palavras para o finalizar, já as apaguei, para as voltar a escrever e de novo as apagar. É que... Raios, as palavras não saem, não fluem, não traduzem nada do que eu queria dizer.
Queria falar do azul. Dos milagres que nos espreitam na mais insuspeitada volta da vida. Da doçura que me envolve neste exacto momento. Dos momentos que desejaria cristalizar para sempre, guardar intocáveis, intermináveis, porque feitos de felicidade em estado puro. E nada disso me sai traduzido em palavras que aqui queira registar. Mais do que nunca, a minha vida é feita de actos concretos e palavras realmente pronunciadas, que só quero deixar registados no meu coração.
Não fecho este espaço. Deixo-o em aberto, para quando me apetecer voltar aqui. E até lá, muito, muito obrigada a todos vocês.
Estes últimos dois anos foram, sem dúvida, fundamentais para mim. Foram anos de dobragens de "cabos de tormentas", profissionais e pessoais. Aqui se sucederam os desabafos e suspiros de quem se sentia prisioneira do que parecia ser uma interminável tese - que chegou ao fim. Aqui ficaram também os registos de uma outra dobragem de cabo, que implicava uma reconciliação comigo mesma e com as partidas que a vida me pregara - também esse foi, a pouco e pouco, ultrapassado, e às águas tormentosas em que há dois anos navegava substituiram-se serenas águas azuis, não livres de escolhos nem de perigos, mas que não me pedem desabafos nem socos em sacos de boxe feitos de palavras.
É por isso que, neste momento de aniversário que me obriga a uma reflexão sobre o sentido de aqui escrever, a tentação de encerrar o blog é imensa. Já escrevi palavras para o finalizar, já as apaguei, para as voltar a escrever e de novo as apagar. É que... Raios, as palavras não saem, não fluem, não traduzem nada do que eu queria dizer.
Queria falar do azul. Dos milagres que nos espreitam na mais insuspeitada volta da vida. Da doçura que me envolve neste exacto momento. Dos momentos que desejaria cristalizar para sempre, guardar intocáveis, intermináveis, porque feitos de felicidade em estado puro. E nada disso me sai traduzido em palavras que aqui queira registar. Mais do que nunca, a minha vida é feita de actos concretos e palavras realmente pronunciadas, que só quero deixar registados no meu coração.
Não fecho este espaço. Deixo-o em aberto, para quando me apetecer voltar aqui. E até lá, muito, muito obrigada a todos vocês.