Um pouco mais de azul

sábado, janeiro 28, 2006

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-2006)



(Com um dia de atraso, mas ando sem tempo para vir aqui.)
Ontem fez 250 anos que Mozart nasceu. Cresci a ouvir a sua música, ou não fosse ele um dos compositores predilectos do meu pai. Dançava ao som de Eine kleine Nachtmusik e da Marcha Turca, e a coroa de glória das minhas longínquas aulas de piano foi ter aprendido a tocar (ou a assassinar, depende das perspectivas) uma das suas sonatas. O mundo não seria o mesmo se Mozart não tivesse existido.
Parabéns, Mozart!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Música que me ajuda a concentrar no trabalho

Arvo Pärt, Für Alina.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Chegando...

Não a bonança, mas tu. O que também quer dizer bonança, uma outra, de tipo diferente daquela a que me referia no post anterior. Uma bonança que se traduz num sorriso imenso envolto num abraço. Ou num abraço imenso envolto num sorriso, tanto faz. Ambos são azuis.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Depois da tempestade

Espero que chegue um tempo de bonança.
Não, não me refiro a política. São coisas minhas, daquelas que em tempos me fariam escrever verdadeiros "lençóis" mas agora apenas dão origem a posts mais ou menos encriptados. Uma espécie de desabafo para mim mesma, de suspiro de que só eu sei a razão.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

E passemos a coisas sérias

Bom fim-de-semana!
A chuvinha faz uma falta do caraças, mas já que não chove aproveite-se bem o fim-de-semana que se prevê cheio de sol de Inverno, como tanto gosto.

Presidenciais

Está a chegar ao final a campanha eleitoral - mais uma que eu não ouço, não vejo, me recuso a seguir. O que não quer dizer que não me interesse. Domingo lá estarei, votando. Porque nenhuma eleição está ganha com sondagens, mas sim com votos colocados nas urnas por cada um de nós, os que queremos ter todos os direitos da vida democrática mas que tantas vezes ficamos preguiçosamente em casa em dia de eleições, não exercendo o que, para além de um direito, é um dever fundamental em democracia. Acho que todo o clima criado pelas sondagens ajuda à abstenção, dá a ideia de que tudo está decidido. Mas, nestas eleições em particular, nada está decidido mesmo, com a margem de indecisos que pode jogar contra ou a favor de Cavaco Silva e permitir a sua eleição logo à primeira volta, ou não. E por isso mesmo o meu voto não vai faltar. Sei lá se não vai ser ele o mais 1 que fará a diferença para lá dos 50%?
Queria que ele ganhasse já, sim. Não só por ter receio dos resultados de uma eventual segunda volta (por mais que me agrade a ideia de ver o PS a engolir sapos e a aconselhar o voto em Manuel Alegre), mas porque já chega de dinheiro deitado à rua em cartazes, comícios e o diabo a quatro destas campanhas eleitorais folclóricas que abomino.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Curtas (2)

É bom ter uma cama de novo! Sem ranger, por mais esforço a que se submeta a dita cuja.

Curtas

As estações de correio parecem ter-se tornado uma espécie de loja dos 300 mais requintada, vendendo de tudo um pouco.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Um pouco mais de azul

Há quem diga a palavra certa no exacto momento em que mais precisamos de a ouvir. Há quem nos recorde o que jurámos alcançar. Há quem estenda a mão e nos mostre o caminho a seguir para lá chegar. Ao azul.
(E calo o resto que apetecia dizer, deixando apenas um muito obrigada que resume quanto silencio).

domingo, janeiro 15, 2006

De mansinho

A adolescência instala-se cá por casa, em todo o seu esplendor. Aliás, duas: a do cachorro e a da filha. É dose!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Aspirinas musicais

Ainda aqui não falei do novo blog em que participa o João Pedro da Costa, das mais que saudosas Ruínas Circulares (lembram-se dos coelhos suicidas? das músicas? dos posts geniais? das conversas nas caixas de comentários? da rave do jacarandá?).
O novo blog chama-se Aspirina B e é colectivo. Confesso que não partilho da larga maioria das ideias que por lá se defendem, e que, ainda por cima arredada cada vez mais do mundo dos blogs, só muito de vez em quando o leio. Mas procuro sempre ir seguindo o que o João vai escrevendo, e desta vez ele recorda-me uma das canções mais bonitas que conheço: "It's only time", de Stephin Merritt, dos Magnetic Fields. Já não a ouvia há tempos (vão lá ouvi-la, vá), e se calhar nunca sequer tinha reparado nas palavras bonitas da letra como agora reparo. Se calhar estou lamechas e afectada pelo frio intenso que por aqui se faz sentir, mas acho que é isto, ou alguma coisa muito parecida, o que eu quero que me possa dizer quem me amar e que eu sinta para dizer de volta e juntos arriscarmos tudo, porque o tempo é apenas tempo, e há laços que nos libertam em lugar de atar e não é o tempo que mata o amor, mas o que fizermos com ele.

Why would I stop loving you
a hundred years from now?
It's only time.

What could stop this beating heart
once it's made a vow?
It's only time.

If rain won't change your mind, let it fall.
The rain won't change my heart at all.

Lock this chain around my hand,
throw away the key.
It's only time.

Years falling like grains of sand
mean nothing to me.
It's only time.

If snow won't change your mind, let it fall.
The snow won't change my heart, not at all.

(I'll walk your lands) I'll walk your lands
(And swim your sea) And swim your sea
Marry me.
(Then in your hands) Then in your hands
(I will be free) I will be free
Marry me.

Why would I stop loving you
a hundred years from now?

Porto Seguro

quinta-feira, janeiro 12, 2006

O mundo em que eu vivi

Foi através também do blog do Lutz que tomei conhecimento - eterna distraída das horas dos telejornais e compulsiva não-leitora da imprensa escrita que sou - da morte de Ilse Losa.
Recordo-me vagamente de alguns textos seus, lidos em livros escolares. Mas lembro-me muito bem do seu romance O mundo em que eu vivi, que daqui por uns tempos - quando lhe passar a febre do Harry Potter e das Crónicas de Narnia - darei à minha filha para ela ler e aprender como a vida de uma rapariguinha normal e igual a tantas outras meninas da sua idade se pôde transformar numa vida bem diferente só porque ela era judia.

Concordo

Li no Quase em Português o que me parece uma apreciação muito certeira das razões pelas quais Cavaco Silva vai ganhar as eleições presidenciais. Ele é "o candidato que vos oferece a memória do futuro do passado", diz o Lutz.

Uma sesta

Deitado no cantinho ao pé da varanda que adoptou aqui no meu escritório, um cachorrito dormia, enrolado sobre si mesmo. Dormia e sonhava, com pequenos ganidos. Quais serão os sonhos de um cachorrito? Sonhará com ossos e petiscos, passeios pelo campo ou brincadeiras com as donas?
Levantei-me. Ele acordou.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

A solução ideal

Um helicóptero.

(Eu aprendo tão bem as lições de síntese minimalista do padrinho!)

terça-feira, janeiro 10, 2006

Apetecia-me

o teu abraço.

King Kong

O filme é tão grande como o gorila. Tinha dispensado metade das cenas de bichos nojentos e saído do cinema meia hora mais cedo muito mais feliz.
Também gostava de saber onde anda o cérebro dos papás que levam crianças de 5 anos a ver um filme daqueles. Espero, sinceramente, que não durmam a semana inteira com os pesadelos dos miúdos.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Ufff!

Muitos dias destes e eu dou em maluquinha!

Olha que linda maneira de romper o silêncio destes últimos dias! A ver se nos próximos dias tenho mais tempo e inspiração para escrever.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Desabafo à margem da usual linha editorial desta tasca

Mais radical que qualquer tortura, mais eficaz do que qualquer castigo, eis a melhor arma com que se pode ameaçar alguém: ter de trabalhar com a m&%"# da p&#$" da p"$()# que pariu de base de dados que uns gajos que se auto-intitulam informáticos (ah, ah, ah, seria uma boa piada se não fosse o mais negro humor jamais inventado) conseguiram produzir. Têm talento, os tipos. Para fazer uma coisa tão má, tão "user unfriendly", tão mal engendrada, tão estúpida, é preciso jeito. F#&#-»"!!!

(Se alguém se rir, leva com uma ficha da base de dados em cima, que é para ver como dói!)

Para grandes males, grandes remédios (2)

Para o trabalho que vou começar a fazer, e que me enjoa ao ponto de dar vómitos só de pensar nele, o que será melhor pôr no copo que me apetece ir buscar para servir de companhia: gin, vinho do Porto, licores de fruta caseiros ou, simplesmente, um copo de cicuta?

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Para grandes males, grandes remédios

Se a cama não pára de ranger, acaba-se com a cama.

2

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Provérbio do dia

Quem tem filhos, tem cadilhos.

Também podia dizer que ser mãe é (pre)ocupação para 24h por dia, que apaga todas as outras e as reduz a uma insignificância que nem sempre têm. Mas a prioridade das prioridades é sempre, sempre a minha menina de olhos azuis que eu quero ver a brilhar alegres e transparentes.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Coisas de TV - ou mais um motivo para nem na Noite de Natal a ter ligada

Na Noite de Natal, pelas 23h, dava, creio que na TVI, o Shrek. No intervalo, disparam os reclames sobre linhas eróticas, fotos "ousadas" que podem ser descarregadas para o telemóvel ou coisa do género. Bem sei que a essa hora não é suposto as crianças verem TV, mas era Natal e o filme que estava a dar era próprio para crianças. Não poderiam ter pensado nisso? Terá havido alguma intervenção daquelas entidades que têm mais tachos que os trens de cozinha, tipo Alta Autoridade ou Comissão Reguladora do que quer que seja?

domingo, janeiro 01, 2006

Feliz Ano Novo!

Depois de uns dias longe da net, eis-me de volta. Agradecendo-vos as palavras amigas, chegadas por várias vias, e desejando a todos um muito feliz Ano Novo.
E fica uma reflexão: acho que por vezes tem de haver coisas menos boas na nossa vida para contrabalançar as óptimas. Para que o balanço seja de realidade e não de castelos cor-de-rosa que só podem existir, assim, nos sonhos. Misturando-se o bom e o mau, vemos que essas coisas boas são mesmo verdadeiras, ao mesmo tempo que, se ultrapassamos as menos boas, consolidamos uma caminhada que tem de ser mesmo desejada para se aguentar.
Não perceberam nada? Não faz mal. Nem eu sei se percebo. O que sei é que o que me entristece vem a par do que me faz feliz. Que todas as medalhas têm um reverso, mas também todos os reversos têm a sua medalha. E que algures pelo meio se pode encontrar o que se deseja mais do que tudo no mundo.
Como dizia há tempos uma querida amiga, isto tem a ver com camiões caídos do céu e com querer com todas as forças, com toda a vontade e empenho - daquelas vontades que movem montanhas. O que constitui um belo propósito para o Novo Ano: 'bora daí mover montanhas!


 
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