Está a chegar ao final a campanha eleitoral - mais uma que eu não ouço, não vejo, me recuso a seguir. O que não quer dizer que não me interesse. Domingo lá estarei, votando. Porque nenhuma eleição está ganha com sondagens, mas sim com votos colocados nas urnas por cada um de nós, os que queremos ter todos os direitos da vida democrática mas que tantas vezes ficamos preguiçosamente em casa em dia de eleições, não exercendo o que, para além de um direito, é um dever fundamental em democracia. Acho que todo o clima criado pelas sondagens ajuda à abstenção, dá a ideia de que tudo está decidido. Mas, nestas eleições em particular, nada está decidido mesmo, com a margem de indecisos que pode jogar contra ou a favor de Cavaco Silva e permitir a sua eleição logo à primeira volta, ou não. E por isso mesmo o meu voto não vai faltar. Sei lá se não vai ser ele o mais 1 que fará a diferença para lá dos 50%?
Queria que ele ganhasse já, sim. Não só por ter receio dos resultados de uma eventual segunda volta (por mais que me agrade a ideia de ver o PS a engolir sapos e a aconselhar o voto em Manuel Alegre), mas porque já chega de dinheiro deitado à rua em cartazes, comícios e o diabo a quatro destas campanhas eleitorais folclóricas que abomino.