sexta-feira, setembro 30, 2005
quinta-feira, setembro 29, 2005
Às vezes apetecia que os filhos ficassem sempre pequeninos, debaixo das nossas asas. Protegidos. Mas os filhos crescem. Começam a voar sozinhos - primeiro baixinho, depois arriscando voos cada vez maiores e por mais altas paragens. Os pais dão-lhes os ensinamentos necessários para que eles possam voar pelos seus próprios meios, encorajam-nos, deixam-nos partir - e depois ficam de coração encolhido, desejando que tudo lhes corra bem.
É assim que me sinto, de coração pequenino, no primeiro dia em que a minha filha vem sozinha da escola. Em que vai atravessar sozinha aquela rotunda cheia de trânsito.
Mãe, como eu te compreendo melhor agora...
Adenda às 13h39: A minha pimpolhita está a chegar. Vem toda contente pela rua acima. A mãe, claro está, foi espreitar à varanda :-)))))))
É assim que me sinto, de coração pequenino, no primeiro dia em que a minha filha vem sozinha da escola. Em que vai atravessar sozinha aquela rotunda cheia de trânsito.
Mãe, como eu te compreendo melhor agora...
Adenda às 13h39: A minha pimpolhita está a chegar. Vem toda contente pela rua acima. A mãe, claro está, foi espreitar à varanda :-)))))))
quarta-feira, setembro 28, 2005
Para mais tarde recordar
Mãe e filha a rebolar no sofá-cama, abraçadas, tentando, por entre risos e ralhetes, afastar o cachorro que teima em lamber-lhes a cara.
Apetecia-me filmar estes momentos para um dia voltar a ver-nos assim. Gravo-os no coração.
Apetecia-me filmar estes momentos para um dia voltar a ver-nos assim. Gravo-os no coração.
Varia
Para não esquecer: não voltar a beber caipirinhas com o estômago vazio quando estou estafada. Ser menos generosa na cachaça também me parece boa ideia. Nunca escrevi um post a sentir-me tão zonza...
Já agora, alguém sabe a que médico se deve ir por estar com má circulação nas pernas? Não há dúvida que os 40 estão à porta... Ainda me querem convencer que é uma idade fantástica. Fantástico é as pernas nunca incharem por mais horas que as tenhamos ao dependuro, isso sim!
Já agora, alguém sabe a que médico se deve ir por estar com má circulação nas pernas? Não há dúvida que os 40 estão à porta... Ainda me querem convencer que é uma idade fantástica. Fantástico é as pernas nunca incharem por mais horas que as tenhamos ao dependuro, isso sim!
"Uma pequena manada de gnus"
Para o PN; todos passaram com distinção no teste de alcoolémia.
Quem não sabe fica a saber: o PN tem um sentido de humor fantástico, até diria genial se isso não o deixasse envergonhado. Poderia fazer um programa de humor chamado, por exemplo, o Gato Fumarento. Em lugar disso, escreve no Fumos. De que estão à espera para o irem ler?
PS - Hoje é dia de posts dedicados aqui na tasca azul.
PS - Hoje é dia de posts dedicados aqui na tasca azul.
Um poema
"Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro."
Mário de Sá-Carneiro
(Obrigada por mo teres lembrado, fer2p.)
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro."
Mário de Sá-Carneiro
(Obrigada por mo teres lembrado, fer2p.)
terça-feira, setembro 27, 2005
Vícios
É tão feio dizer que estou a ficar viciada em Sudoku... Caramba, não lhe podiam ter dado outro nome?
Canções azuis
Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style some day.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.
Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end--
waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.
Secção de informações
Melhor hora para ir ao hipermercado: às 8h30 da manhã. A loja está quase vazia, não há filas para coisa nenhuma, num instante despachamo-nos.
A CP já vende bilhetes on-line. Pelos vistos não reembolsáveis nem revalidáveis, mas com 10% de desconto. Passo a ser cliente.
A CP já vende bilhetes on-line. Pelos vistos não reembolsáveis nem revalidáveis, mas com 10% de desconto. Passo a ser cliente.
segunda-feira, setembro 26, 2005
Um dia em que se comemora uma data especial pode ser igual a todos os outros, se não nos lembrarmos dessa data. Deixa de o ser quando a recordamos. E depois pensamos que afinal foi um dia como os outros, apesar da data.
O tempo ajuda a esbater a importância desses marcos cronológicos. Ainda bem, ou o correr do calendário poderia tornar-se um penoso arrastar de nostalgias, em lugar de dar azo* à renovação.
*Ou será "aso"? Não me apetece ir ao dicionário verificar.
O tempo ajuda a esbater a importância desses marcos cronológicos. Ainda bem, ou o correr do calendário poderia tornar-se um penoso arrastar de nostalgias, em lugar de dar azo* à renovação.
*Ou será "aso"? Não me apetece ir ao dicionário verificar.
domingo, setembro 25, 2005
Maravilhas tecnológicas
Quando tiver dores de costas, vou passar a ir ao cabeleireiro. É que as cadeiras dos lavatórios do cabeleireiro onde vou foram mudadas, e agora fazem massagens. Eficazes: tinha acordado com uma fortíssima dor nas costas que desapareceu depois da massagem.
sexta-feira, setembro 23, 2005
Que se faz quando se cabeceia frente ao computador?
Vai-se dormir, claro. Boa noite e bom fim-de-semana, que o meu começa já amanhã. Isto é, hoje.
quinta-feira, setembro 22, 2005
Que raio de país é este?
Por favor, esclareçam aqui a distraída.
Liguei há pouco a TV, estava a dar na RTP1 um debate sobre as autárquicas em Felgueiras. Perorava a Fátima Felgueiras. A tal que fugiu da prisão desaparecendo para o Brasil. Como é que uma fulana destas pode ser candidata a algum cargo público? Que raio de país é este que premeia o crime (ela pode até ser inocente de quanto não está provado - não acredito, mas está ainda por provar - mas cometeu-o ao fugir de Portugal) com tempo de antena em prime-time, como se de uma heroína se tratasse, tal como vi em todos os telejornais e na imprensa? E como é que alguém procurado pela polícia se pode candidatar à presidência de uma câmara?
Tenho vergonha. Vergonha de viver num país onde se chega a isto. Ao mesmo tempo, não consigo deixar de achar graça: ela apresenta como testemunhas abonatórias Narciso Miranda e Armando Vara. É preciso dizer mais alguma coisa?
Liguei há pouco a TV, estava a dar na RTP1 um debate sobre as autárquicas em Felgueiras. Perorava a Fátima Felgueiras. A tal que fugiu da prisão desaparecendo para o Brasil. Como é que uma fulana destas pode ser candidata a algum cargo público? Que raio de país é este que premeia o crime (ela pode até ser inocente de quanto não está provado - não acredito, mas está ainda por provar - mas cometeu-o ao fugir de Portugal) com tempo de antena em prime-time, como se de uma heroína se tratasse, tal como vi em todos os telejornais e na imprensa? E como é que alguém procurado pela polícia se pode candidatar à presidência de uma câmara?
Tenho vergonha. Vergonha de viver num país onde se chega a isto. Ao mesmo tempo, não consigo deixar de achar graça: ela apresenta como testemunhas abonatórias Narciso Miranda e Armando Vara. É preciso dizer mais alguma coisa?
Crescer
Vejo a minha filha crescer e sorrio. Anda a passear o cão, sozinha. Começa a ter formas de mulherzinha. É bom vê-la crescer assim, feliz, de olhos brilhantes, saudável. Qualquer dia - falta pouco - está do meu tamanho. Mais uns tempitos e vai ficar mais alta. Calça os meus sapatos e já não lhe saem dos pés. Para mim, no entanto, mesmo que meça 1,90 m e calce 40, será sempre a minha pequenina.
Isso é uma das coisas que me faz falta: ter quem me chame a sua pequenina. Ai, ai...
Nada de lamentos: tenho quem me chame mãe. Melhor do que isso não existe.
Isso é uma das coisas que me faz falta: ter quem me chame a sua pequenina. Ai, ai...
Nada de lamentos: tenho quem me chame mãe. Melhor do que isso não existe.
Um velho amigo
Apresento-vos o meu Urso. Feio, velho, traçado, mudo há cerca de 30 anos, na sequência de um acidente que envolveu um bacio e quase resultava em afogamento. Carregado de memórias dos tempos em que eu não dormia senão abraçada a ele. Veio para minha casa há dias. Está à minha frente enquanto escrevo.
Milagre, milagre!!!!
Não, não foi o sol que girou, nem nenhum cego passou a ver, nem a Fatinha Felgueiras e outros figurões da nossa praça pública se eclipsaram, e muito menos a TVI e a SIC deixaram de transmitir programas de vómito. O milagre é mais banal, mais pequenino, mais só para mim que aqui penava e arrepelava os cabelos, maldizendo a minha sorte. O sigilo profissional proibe-me de revelar o espantoso milagre. Alegrem-se, no entanto, comigo, rejubilem ao ver que ainda há uma réstea de esperança à face da terra.
quarta-feira, setembro 21, 2005
Quando é que perco a mania de ser ansiosa e de ter uma imaginação demasiado fértil?
(Quando souber que posso confiar cegamente; e já várias vezes me mostraram que não.)
(Quando souber que posso confiar cegamente; e já várias vezes me mostraram que não.)
Miséria...
Os analfabetos funcionais existem e andam por aí aos montes. Disfarçados de estudantes e doutores.
Zzzzz.... zzzzz... zzzzzzzzzz...
Depois de anos a deitar-me às quinhentas, passar a ter de me levantar às 7h de segunda a sexta-feira custa a valer!
Solidão. Noite.
Palavras-silêncio.
De um silêncio ora insuportável, ora desejado. Calmo ou desesperante.
De um silêncio ora insuportável, ora desejado. Calmo ou desesperante.
terça-feira, setembro 20, 2005
Panorama negro.
O do futuro das Faculdades de Letras em Portugal. Vejam-se os resultados das colocações. Quanto ao número de alunos e quanto às notas de candidatura.
segunda-feira, setembro 19, 2005
Mas com imensa vontade de fazer as malas, agarrar na minha filha e sair daqui. De vez. Acho que é a primeira vez que digo isto com perfeita consciência de que o faria mesmo, se a oportunidade surgisse.
domingo, setembro 18, 2005
segunda-feira, setembro 12, 2005
Então adeuzinho
Vou ali e já volto.
Não estou com vontade de ir; aposto que não vou ter vontade de voltar. A não ser por quem fica sempre com um pedaço de mim quando me afasto.
domingo, setembro 11, 2005
"Everytime you go away / you take a piece of me with you"
Era assim o refrão de uma canção vencedora do festival da Eurovisão, no tempo em que eu era adolescente. Ao voltar para casa sozinha, ocorrem-me estes versos.
sábado, setembro 10, 2005
Capas
Cuidadosamente, encapo os livros escolares da minha filha. Meço a película autocolante, corto-a, aplico-a sobre o livro. O meu pensamento viaja no tempo. Recordo o início de cada ano lectivo, a compra dos livros, do papel para os encapar, das etiquetas que identificariam o meu material escolar. Revejo os dedos longos do meu pai, que se encarregava dessa tarefa com esmero e carinho, preenchendo as etiquetas com a sua letra tão bonita, uma caligrafia de família que não herdei. Sinto o cheiro do escritório onde ele passava a maior parte do tempo. Recordo os cartuchinhos de papel carregados de uvas-passas que nos arranjava. Lembro-me de como no armário de parede, por entre prateleiras pejadas de papéis, havia lugar para uns frascos cheios de rebuçados redondos com sabor a laranja e limão. Recordo-nos enroscadas no sofá, embrulhadas numa manta, a ouvir as histórias que ele nos lia nos dias chuvosos de Inverno.
Fui lá a casa outro dia. Não gosto de lá ir. Há demasiadas vozes do passado no ar, demasiadas recordações. Diz-se que não devemos voltar aos lugares onde fomos felizes. Também não devemos regressar aos sítios onde ocorreram alguns dos momentos mais dolorosos da nossa vida. Naquela casa as recordações felizes da infância associam-se à tristeza dos últimos anos em que ali viveram os meus pais. Está cheia de fantasmas, dos meus fantasmas. É ela própria um espectro do passado. Cheira a um mundo desaparecido cujo fim ainda não deixou de doer.
Meço a película autocolante, corto-a à medida, faço-a aderir aos livros com cuidado para não deixar rugas, aliso a superfície no final. Penso que, um dia, a minha filha se lembrará destes momentos. Isso dá-me uma sensação confortável de perenidade, e confere sentido às minhas recordações.
Fui lá a casa outro dia. Não gosto de lá ir. Há demasiadas vozes do passado no ar, demasiadas recordações. Diz-se que não devemos voltar aos lugares onde fomos felizes. Também não devemos regressar aos sítios onde ocorreram alguns dos momentos mais dolorosos da nossa vida. Naquela casa as recordações felizes da infância associam-se à tristeza dos últimos anos em que ali viveram os meus pais. Está cheia de fantasmas, dos meus fantasmas. É ela própria um espectro do passado. Cheira a um mundo desaparecido cujo fim ainda não deixou de doer.
Meço a película autocolante, corto-a à medida, faço-a aderir aos livros com cuidado para não deixar rugas, aliso a superfície no final. Penso que, um dia, a minha filha se lembrará destes momentos. Isso dá-me uma sensação confortável de perenidade, e confere sentido às minhas recordações.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Marias
Como grande parte das mulheres portuguesas da minha geração ou mais velhas do que eu, o meu primeiro nome é Maria (quem pensasse que era Zu, Azul ou coisa do género desengane-se). E como a larguíssima maioria das Marias portuguesas, não é por esse nome que sou tratada. Uma coisa que me diverte nestes modernos inquéritos por telefone é que me perguntam o nome para haver um tratamento mais pessoal, e depois tratam-me por Srª D. Maria, apesar de eu dizer os dois nomes próprios que tenho.
Flores
Na florista, dúzias de tulipas em tons de rosa e lilás, lindíssimas, eram carregadas para um carro. Iam decorar uma igreja e a festa de um casamento. Eu fiquei a olhar e pensei como tudo isso é escusado.
quinta-feira, setembro 08, 2005
Para mais tarde recordar
(O blog pode estar em crise existencial e não servir boa parte dos seus objectivos, mas há um que consegue continuar a cumprir lindamente: o de ser o local onde deixo guardados certos momentos que nunca quero esquecer.)
- Mãe, há quem seja uma caixinha de surpresas; eu sou uma caixa de beijinhos. Todos para ti.
(E a cada beijo destes, a cada abraço que os acompanha enche-se-me a alma de uma felicidade pura e cristalina, que transparece em cada beijo e em cada abraço que retribuo.)
- Mãe, há quem seja uma caixinha de surpresas; eu sou uma caixa de beijinhos. Todos para ti.
(E a cada beijo destes, a cada abraço que os acompanha enche-se-me a alma de uma felicidade pura e cristalina, que transparece em cada beijo e em cada abraço que retribuo.)
Falando com os botões do blog
De alguma forma, este blog está a tornar-se politicamente correcto. O que é grave, porque significa que já não serve os seus objectivos. O que é uma gaita, visto que também não tenho qualquer vontade de o dar por encerrado.
Deixemo-lo andar assim em crise existencial. Talvez se encontre a si mesmo.
Deixemo-lo andar assim em crise existencial. Talvez se encontre a si mesmo.
Resmungando
Uma pessoa a querer ir dormir, e o estupor da impressora a demorar a imprimir aquela porra toda...
quarta-feira, setembro 07, 2005
A náusea
Mais do que lentamente, tão devagar que me enerva, a impressora mastiga páginas e páginas que têm de sair com a melhor qualidade. Recorda-me tempos que não deixaram a menor saudade. Sou obrigada a revivê-los, enquanto me dedico a outras tarefas em que não tenho vontade nenhuma de me empenhar. Sinto um enjoo imenso.
%%@ »*"&!)#/$§
A melhor forma de escrever um post irritado. Porque não vale a pena gastar cera com maus defuntos.
terça-feira, setembro 06, 2005
Era bom, era
Que o post anterior se tornasse realidade. Em lugar disso, é tempo de trabalhar a valer e atender a várias coisas ao mesmo tempo. O pior é eu estar tão lerdinha e tão pouco motivada...
segunda-feira, setembro 05, 2005
Era tão bom
... que hoje começassem as minhas férias, e que nelas pudesse fazer exactamente aquilo que me apetecia.
sábado, setembro 03, 2005
sexta-feira, setembro 02, 2005
Catástrofe
Não tenho comentários. Apenas uma prece em silêncio.
(Sinto-me tão mesquinha por andar preocupada com coisinhas que nada valem diante da tragédia...)