Ando com vontade de escrever um post daqueles que dantes escrevia, só que o tempo não chega para textos elaborados, os olhos estão fartos de computador, tenho sono e amanhã o dia começa, de novo, cedo demais. O que mais quero é enfiar-me entre lençóis e dormir. Mas não antes de para aqui atirar com estas linhas meio desconchavadas que andam a bailar na minha cabeça, antes que as perca de vista.
Queria falar do amor, esse sentimento que não sei bem o que é nem porque é que se sente por aquela pessoa concreta e não por outra qualquer. Mas não gosto de me perder demasiado neste tipo de exercícios teóricos explicativos daquilo que é muito melhor, apenas, sentir e viver, de coração aberto.
Não sei definir amor, mas sei o que é querer estar com alguém mais do que com qualquer outra pessoa, sei o que é ter saudades quando não estamos perto, sei o que é o tempo parar porque estamos juntos, perdidos nos olhos um do outro. Sei o que é ninguém me agradar mais do que aquele cuja pele quero tocar, que quero sentir e amar, em cujos braços me refugio, me entrego, me esqueço de tudo menos de como é bom estarmos assim, enlaçados. Sei o que é querer adormecer aninhada nele, e ao acordar vê-lo ao meu lado. Sei o que é bom sermos não só "eu" e "ele", mas "nós".
E agora, depois de despejar tudo isto que aqui fica assim, quase tão desarrumado como a minha secretária, caminha, que já é tardíssimo.