"Tiraste da estante mais escondida, o livro que a todos passou despercebido. Que cegos, dizes tu...que, com esse olhar certeiro de ave ou animal selvagem, ultrapassaste muros e obstáculos para o resgatares do meio do pó e da escuridão em que se escondia. Deste um retoque aqui, completaste uma palavra ali, mudaste noutro lado uma frase que não fazia sentido. E deste sentido a um capítulo inteiro. Com voz mansa e olhos de fogo. Escreves em mim a história dos dias que estão por chegar. De tardes sem fim em frente ao mar, de flores silvestres arrancadas da berma da estrada, de risos e abraços e olhares de desejo.
(...)
Contas em mim uma história com letras coladas a letras, formando palavras. Sussurradas, pintadas de cores fortes, não são pretas as tuas letras, são azuis e vermelhas. E verdes e violeta e amarelo e lilás. São da cor da paixão, do desejo, das flores do campo."
Lindo, não é? Foi escrito pela
Mar. O resto do texto pode-se ler no
Espelho Mágico. A fotografia chegou-me por mail, desconheço o seu autor. Acho que combina com as palavras escritas.