Um pouco mais de azul

sexta-feira, abril 01, 2005

O meu amor pequenino

O meu amor pequenino - cada vez maior, mas sempre pequenino para mim - dorme tranquilamente. Quando a fui meter na cama, uma vez mais encheu-me de beijinhos. Nada que não faça qualquer criança à sua mãe, nada de especial. Mas é tudo de especial, porque esta é a minha filha e o mundo fica da cor do arco-íris só porque ela me abraça com força e diz, com a voz mais carinhosa e mimalha: "Mãe, eu gosto tanto, tanto de ti!".
É nestas ocasiões, em especial, que eu me sinto protagonista de uma bênção. O amor de um filho é redentor, modifica-nos, torna-nos melhores por nos obrigar a ser menos egoístas, a estender os braços para acolher e não para ser acolhido. O amor da minha filha dá-me forças para o quase impensável. Até das maneiras mais estranhas, como eu ter estado muito triste uma noite destas e ela ter "escolhido" precisamente essa noite para se sentir maldisposta; entre vómitos, corridas para a casa de banho e dores na barriguita, eu nem me lembrei mais da tristeza, só dela (e do meu imenso sono - nota necessária para dar o devido realismo à cena que, sem este à-parte, parecia quase cor-de-rosa).
A minha filha é a minha Estrela do Norte. É ela quem dá rumo à minha vida. É o meu amor pequenino, e simultaneamente imenso, maior que todos, maior que eu ou a minha própria vida. Estou a repetir-me, já disse isto noutras ocasiões? Provavelmente. Mas foi o que me apeteceu escrever aqui, agora, interrompendo arrumações que me fazem encontrar uma série de desenhos dela dedicados a mim, enchendo-me o coração de uma ternura que teve de se extravasar para aqui.
Boa noite!


 
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