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"Era uma vez um cão. Um cão abandonado, fraquinho, faminto. Foi achado na rua pela Fada dos Cães, que o levou para um sítio quentinho onde havia muitos cães como ele, cães sem dono. Um dia esse cão sem sorte teve o momento mais sortudo da sua vida, quando uma doce Mãe decidiu oferecê-lo como prenda de anos à sua querida filha. Com elas brincou, aprendeu, delas recebeu carinhos e beijos, como nunca tinha tido. Era a melhor família que o cão podia ter encontrado para passar o resto da sua vida.
Um dia o cão ficou doente, mas sempre feliz. Feliz porque apesar de curta, a sua vida tinha sido cheia, graças àquela família. E lá para onde foi, nunca mais se esqueceu desses dias quentes do carinho que recebeu."
Este texto, que tanto me comoveu, foi escrito pela Noite, como comentário aqui deixado que muito agradeço. É a ideia que quero guardar do Pluto, que de facto já partiu. Apesar do desenlace, tê-lo connosco foi, repito, um grande prazer, uma lição enorme para a Miosótis e para mim.