Um pouco mais de azul

quarta-feira, junho 16, 2004

Disparates (2)

Portugal ganhou no jogo com a Rússia, o país está contente, eu estou bem disposta - nada melhor do que deixar por aqui mais um disparate. Depois de posts sérios e tristes, riamos com vontade.
É mais uma história que me chegou por e-mail. É contada na primeira pessoa, mas por favor não pensem que sou eu a protagonista!!! Enviaram-ma como tendo vencido um concurso promovido por uma rádio canadiana sobre situações reais embaraçosas. Merece o prémio, sem a menor dúvida. Numa altura em que se discute a presença feminina e masculina na medicina, vem de algum modo a propósito.

Tinha consulta no ginecologista. De manhã cedo, recebo um telefonema da empregada do consultório, informando que a minha consulta tinha passado para esse mesmo dia de manhã às 09h30. Tinha acabado de tratar dos pequenos-almoços do meu marido e crianças e eram precisamente 08h45 - fiquei em pânico, não tinha um minuto a perder.
Tenho a certeza que sou igual a todas as mulheres e que temos todas muito cuidado e uma particular atenção com a nossa higiene pessoal, principalmente quando vamos ao ginecologista, mas, desta vez, eu nem sequer tinha tempo de tomar um duche. Subi as escadas a correr, tirei o pijama, agarrei uma toalha lavada e dobrada que estava em cima da borda da banheira, desdobrei-a e molhei-a, passando-a depois, com todo o cuidado, pelas "partes íntimas" para ter a certeza que ficavam o mais frescas e lavadas possível. Meti a toalha no saco da roupa suja, vesti-me e "voei" para o consultório.
Estava na sala de espera havia uns escassos minutos quando me chamaram para fazer o exame. Como já sei o procedimento, deitei-me sem ajuda na marquesa e tentei, como sempre faço, imaginar-me muito longe dali, num lugar como as Caraíbas, ou qualquer outro local lindo e pelo menos a 10 000 km daquela marquesa. Fiquei muito surpreendida quando o meu médico me disse: "Oh lá lá, hoje de manhã fez um esforço suplementar, mas ficou toda bonita!" Não percebi muito bem o cumprimento, mas não respondi.
Fui para casa nas calmas e o resto do dia desenrolou-se normalmente: limpei a casa, cozinhei, tive tempo de ler uma revista, etc. Depois da escola, já terminados os deveres, a minha filha, de 6 anos, estava preparada para ir brincar quando gritou da casa de banho: "Mamã! Onde é que está a minha toalha?" Gritei-lhe que tirasse uma do armário. Quando me respondeu, juro que o que me passou pela cabeça foi desaparecer da face da terra; o comentário do médico martelava na minha cabeça sem descanso. A minha filhinha disse-me só isto: "Não, mamã, eu não quero uma toalha do armário, quero é aquela que estava dobrada na borda da banheira, foi nessa que eu deixei todos os meu brilhantes e as estrelinhas prateadas e douradas!"


 
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