Um pouco mais de azul

terça-feira, abril 27, 2004

Thirty something

Era, creio, o nome de uma série que gostava de ver, no tempo em que ainda via televisão (coisa cada vez mais rara, para bem da minha sanidade mental). Serve esta expressão de mote para uma breve reflexão sobre ter trinta e tal anos.
Só dei conta que ao escrever acerca do 25 de Abril revelei a minha idade quando li os comentários. Pode parecer patetice, mas é a pura verdade (mais uma "azulice" das minhas, como resolvi chamar às minhas azelhices). Não era segredo de Estado, não me importo de dizer a idade que tenho - apesar do que Churchill afirmava sobre as mulheres que não mentiam a este respeito...
Idade é, diz-se muitas vezes, um estado de espírito: se não o é apenas, é-o também, e muito. Sinto-me mais jovem que há uns anos atrás, por exemplo. Porque os meus olhos voltaram a ter um brilho que lhes andava a faltar - e o brilho nos olhos rejuvenesce, e de que maneira!
Por outro lado, pesando as vantagens de ter vinte ou trinta anos, a balança inclina-se, a meu ver, sem dúvida, a favor dos trinta. Já Balzac falava da "femme de trente ans" - tinha razão. Sabemos muito mais que aos vinte, temos uma maturidade muito diferente e a maternidade, caso tenha acontecido, deu-nos muita coisa para além de quilos a mais, celulite e estrias. Resumindo: gosto da idade que tenho, sinto-me bem com ela.
Não me apetece é pensar em passar a ter quarenta... Ora, faltam ainda quase dois anos! E também há quem me diga que não há idade melhor que essa, por isso, não me preocupo (demasiado). E mesmo que me preocupe, o tempo vai correr sem pedir a minha opinião. Vou é tentar aproveitar o melhor dos meus thirty something.


 
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