Pesquisas e pílulas
Algumas pesquisas no Google trazem leitores a este blog. Em geral, procuram o poema "Um pouco mais de azul", como seria de esperar. Os casos mais originais giram em torno da pílula - palavra que referi uma vez. Num deles, buscavam "pílula alegria" - se a encontrarem, por favor, avisem, gostaria imenso de arranjar uma reserva delas para os momentos em que a boa disposição falha. Num outro, alguém tentava saber "como tomar a pílula sem os meus pais saberem" - aqui, menina que tal procuravas, não encontras resposta para isso. Mas, se me permites dizê-lo, que bom seria que os teus pais soubessem, que tu fosses capaz de lhes contar e de lhes pedir a opinião sobre o assunto.
Um dia, daqui a menos tempo do que eu gosto de imaginar, será a minha filha a pensar em tais coisas (a simples ideia faz-me arrepios, confesso). Que ela confie em mim o suficiente para ser capaz de se abrir comigo; que eu saiba merecer a confiança dela para ser sempre, como agora, a mãe-amiga a quem tudo pode contar, porque tudo procura entender e explicar.
Já agora, para que quem aqui voltar em busca de informações sobre a pílula: tem efeitos secundários que os médicos em geral se esquecem de mencionar, talvez por não serem considerados graves. Não me refiro a riscos de trombose, etc, etc, etc, é claro. Refiro-me a outros, que não costumo ver realçados pelos médicos, talvez, repito, por não serem considerados graves. Não são graves uma ova!!! A pílula pode mexer de forma desastrosa com o equilíbrio hormonal das mulheres. Como uma amiga minha dizia, aliviadíssima depois de ter deixado de a tomar, o maior efeito anticoncepcional que a pílula lhe provocava era um imenso desinteresse pelo acto que poderia levar à concepção (que complicado eufemismo arranjei...). Confesso ter ficado satisfeita com o que ela me disse; afinal, não fora só comigo que isso se passara. Desculpem a nota pessoal, mas talvez sirva de alguma coisa falar neste assunto. "Pílula, nunca mais" foi em certa medida o meu grito do Ipiranga, por mais paradoxal que isso possa parecer.
Um dia, daqui a menos tempo do que eu gosto de imaginar, será a minha filha a pensar em tais coisas (a simples ideia faz-me arrepios, confesso). Que ela confie em mim o suficiente para ser capaz de se abrir comigo; que eu saiba merecer a confiança dela para ser sempre, como agora, a mãe-amiga a quem tudo pode contar, porque tudo procura entender e explicar.
Já agora, para que quem aqui voltar em busca de informações sobre a pílula: tem efeitos secundários que os médicos em geral se esquecem de mencionar, talvez por não serem considerados graves. Não me refiro a riscos de trombose, etc, etc, etc, é claro. Refiro-me a outros, que não costumo ver realçados pelos médicos, talvez, repito, por não serem considerados graves. Não são graves uma ova!!! A pílula pode mexer de forma desastrosa com o equilíbrio hormonal das mulheres. Como uma amiga minha dizia, aliviadíssima depois de ter deixado de a tomar, o maior efeito anticoncepcional que a pílula lhe provocava era um imenso desinteresse pelo acto que poderia levar à concepção (que complicado eufemismo arranjei...). Confesso ter ficado satisfeita com o que ela me disse; afinal, não fora só comigo que isso se passara. Desculpem a nota pessoal, mas talvez sirva de alguma coisa falar neste assunto. "Pílula, nunca mais" foi em certa medida o meu grito do Ipiranga, por mais paradoxal que isso possa parecer.