Um pouco mais de azul

domingo, agosto 14, 2005

Mar. O barulho das ondas, o som dos seixos atirados para terra e logo de seguida apanhados pela água que os leva de novo para si. O piar das gaivotas, muitas, esvoaçando sobre o mar.

(Fazes-me falta. Especialmente na praia, diante da imensidão do mar que me faz sonhar. Contigo, também. E dou-me conta de que há anos sinto a tua falta; mesmo no tempo em que pensava ter-te ao meu lado.)

O sol a pôr-se no meio do mar. Eu a olhar, a perder o fio dos pensamentos no meio das ondas e por entre as gaivotas. A minha filha à beira da água, brincando, fazendo elevarem-se no ar pequenas gotas salgadas que brilham ao cair.

(Estou em paz. Mesmo com a tua falta.)

O regresso a casa. A filha adormecida, o dia a terminar, a música baixinha, calma, no rádio, eu a guiar sem pressa na estrada quase deserta. Em harmonia com o meu pequeno mundo. Numa espécie de acção de graças. Porque a felicidade acontece assim: de vez em quando mostra a sua presença. Mesmo quando tu não estás e eu nem sei quem és.


 
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