O fogo
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Ontem vi imagens da aldeia de Piódão envolta em fumo e ameaçada pelas chamas. Já lá não vou há 11 anos. Recordo uma das mais belas aldeias de Portugal, longe de tudo, perdida pelo meio de uma serra agreste e que me deixou, então, a impressão pouco acolhedora do que é deixado ao abandono e servido por uma estrada ondulante vizinha de precipícios.
Doeu-me o coração ao ver essas imagens. E de novo pergunto se não há um raio de gente com dois dedos de testa e os ditos cujos no sítio para serem capazes de pensar e pôr em acção uma verdadeira prevenção dos incêndios. Porra, já cansa toda a incompetência, todo o amadorismo, todo o espírito de desenrasca, tudo o que se promete e não se cumpre, tudo o que não impede o sacrifício dos bombeiros todos os Verões e os prejuízos para todos e a tantos níveis que os incêndios comportam.