Um pouco mais de azul

terça-feira, julho 19, 2005

Closer

Que xaropada de filme! O que tem de melhor: a música de Damien Rice; o sorriso da Julia Roberts; a cara bonita do Jude Law; a frescura da Natalie Portmann; o cartaz que publicita o filme. Provavelmente, um homem não deixaria de destacar também a Natalie a fazer de stripper, mas compreenderão que essa parte não me entusiasma especialmente, e tem o problema de aparecer ao lado dela o Clive Owen (devo precisar de ver outro filme com ele para me passar a aversão que, com este, lhe ganhei).
O guião é idiota. Clive Owen desempenha o papel de um canastrão que, com aquele paleio, levaria dois chapos na cara, não a Julia como prémio, se a coisa se passasse na vida real. E esta esperou por casar com o Clive para descobrir que não podia viver sem o Jude, com quem há meses tinha um caso, e é por amar perdidamente este que vai para a cama com aquele, para obter o divórcio! É mesmo essa a maneira melhor de se pedir o divórcio a alguém, está bom de ver. O resto é tão idiota como o que já disse, e o filme demonstra, quanto a mim, que o Jude Law devia ter enveredado pela carreira de modelo, e não de actor. Para finalizar, uma referência ao vocabulário utilizado, que creio ser o que, mais do que o argumento, dá ao filme o estatuto de "próprio para adultos": se aquilo é erótico, eu vou ali e já volto.
Só disse mal do filme, não foi? É que não gostei mesmo. E acho que o pior nem é o enredo em si, que talvez não soasse tanto a falso se não fosse a superficialidade das personagens. Nada daquilo convence.


 
Site 

Meter