Sem título (2)
Acho que este blog vai entrar de novo em crise existencial. O saco de boxe de que necessito não está já aqui, parece-me. Está no que quero fazer longe do computador. No retomar a vida no ponto onde a deixei, à espera, há anos. Claro que entretanto vivi, claro que o ponto não é o mesmo. Mas há uma encruzilhada onde fui forçada a manter-me, por circunstâncias várias. E agora é tempo de retomar o caminho. Já o teria feito se certos percalços não me tivessem impedido de, mais cedo, prosseguir viagem. E agora sinto que tenho de o fazer.
O que sinto deve ser um pouco semelhante ao que sente um fumador que se farta do tabaco. Continua preso ao vício, mas acaba por deitar fora o cigarro a meio, porque já não lhe dá prazer. Eu continuo agarrada ao blog, aos blogs - mas o prazer que daqui tiro é menor, e a vontade de desabafar / rir / brincar aqui é suplantada pela vontade de fazer tudo isso longe daqui. Até pode ser exactamente com as mesmas pessoas, mas não aqui.
Deixei de ter paciência para procurar imagens para colocar no blog. Ou para andar em busca de um poema, de uma música. Já nem tudo se transforma, na minha cabeça, em post; ou, dito de outra forma, já quase não faço posts mentais. Comento muito menos, mesmo nos blogs que prefiro e onde era assídua comentadora. Por nenhuma razão em especial: apenas porque não me apetece.
Espero que ninguém leve a mal a franqueza do que estou a escrever - de novo escrevo mais para mim do que para quem me lê. E não é por estar virada para o meu umbigo, bem pelo contrário. Talvez seja, isso sim, por estar muito mais aberta ao exterior. Com vontade de VIVER.
O que sinto deve ser um pouco semelhante ao que sente um fumador que se farta do tabaco. Continua preso ao vício, mas acaba por deitar fora o cigarro a meio, porque já não lhe dá prazer. Eu continuo agarrada ao blog, aos blogs - mas o prazer que daqui tiro é menor, e a vontade de desabafar / rir / brincar aqui é suplantada pela vontade de fazer tudo isso longe daqui. Até pode ser exactamente com as mesmas pessoas, mas não aqui.
Deixei de ter paciência para procurar imagens para colocar no blog. Ou para andar em busca de um poema, de uma música. Já nem tudo se transforma, na minha cabeça, em post; ou, dito de outra forma, já quase não faço posts mentais. Comento muito menos, mesmo nos blogs que prefiro e onde era assídua comentadora. Por nenhuma razão em especial: apenas porque não me apetece.
Espero que ninguém leve a mal a franqueza do que estou a escrever - de novo escrevo mais para mim do que para quem me lê. E não é por estar virada para o meu umbigo, bem pelo contrário. Talvez seja, isso sim, por estar muito mais aberta ao exterior. Com vontade de VIVER.