Um pouco mais de azul

sexta-feira, abril 15, 2005

Cansaço

Hoje sinto-me tão cansada como quando estava a fazer a tese. No entanto, sem stress, o que é uma diferença substancial.
Já outro dia aqui escrevi que ainda não dei pelo vazio pós-tese. Tenho tido tanto, mas tanto que fazer, a par da tentativa de dormir mais, que ainda não dei por "buraco" algum. E ainda não me desabituei de fazer tudo com o mesmo espírito de prioridade com que me atirava ao trabalho mal chegava a casa, etc. A perspectiva de passar uma tarde sem fazer nada, por exemplo, soa-me ainda estranha, ainda sinto que devo levar trabalho atrás de mim. Vou aproveitando a embalagem... e não páro. A tensão é que não é a mesma. Já não procuro ver a luz no fundo do túnel, saí finalmente dele; e a paz que isso me dá é uma sensação belíssima. Como o é a percepção clara e inequívoca de que até as hidras de sete cabeças podem ser vencidas, e de que os trabalhos que parecem intermináveis conseguem, com esforço, perseverança e uma imensa dose de teimosia, chegar ao fim.

(Reflexões dedicadas a uma série de leitores que ainda anda a caçar e esfolar gazelas, crocodilos ou outros nomes carinhosos que queiram chamar às suas teses).


 
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