25 de Novembro
Hoje, três pessoas importantes da minha vida fazem anos.
A primeira é o meu pai. Mais um aniversário que me crava espinhos no coração por o ver como está, mais um dia em que vou procurar arrancar-lhe um sorriso sentido e dizer-lhe, ainda que sem palavras, o muito que lhe quero e o imenso que me dói vê-lo assim. Mas sei que um dia a sua mão magra que pouco mais faz do que apertar a minha, o beijo que não esqueceu como se dá, o carinho do seu olhar me vão fazer muita, muita falta - mesmo que agora me façam tantas vezes fugir, porque nem sempre aguento vê-lo desta forma.
Faz anos também o meu braço direito, quem me permite desligar das tarefas domésticas, quem, desde há nove anos, me substitui junto da minha filha. A minha muito querida empregada, amiga sempre disponível, membro indispensável da família, com quem troco desabafos, alegrias e tristezas, e a quem confio de olhos fechados o meu maior tesouro.
E faz anos, finalmente, um amigo, único dos três aniversariantes que vai ler o que aqui escrevo. Por isso, são no discurso directo as palavras que te dirijo. A ti, amigo em quem deposito uma rara confiança, sem que me tenha arrependido nem por um bocadinho de ta ter concedido. Mostraste merecê-la pelo altruísmo e pela fidelidade, pela ajuda, pela paz que me ofereces. É bom saber-te aí - ou seja, aqui. Ao meu lado. Um beijo de muitos parabéns.
A primeira é o meu pai. Mais um aniversário que me crava espinhos no coração por o ver como está, mais um dia em que vou procurar arrancar-lhe um sorriso sentido e dizer-lhe, ainda que sem palavras, o muito que lhe quero e o imenso que me dói vê-lo assim. Mas sei que um dia a sua mão magra que pouco mais faz do que apertar a minha, o beijo que não esqueceu como se dá, o carinho do seu olhar me vão fazer muita, muita falta - mesmo que agora me façam tantas vezes fugir, porque nem sempre aguento vê-lo desta forma.
Faz anos também o meu braço direito, quem me permite desligar das tarefas domésticas, quem, desde há nove anos, me substitui junto da minha filha. A minha muito querida empregada, amiga sempre disponível, membro indispensável da família, com quem troco desabafos, alegrias e tristezas, e a quem confio de olhos fechados o meu maior tesouro.
E faz anos, finalmente, um amigo, único dos três aniversariantes que vai ler o que aqui escrevo. Por isso, são no discurso directo as palavras que te dirijo. A ti, amigo em quem deposito uma rara confiança, sem que me tenha arrependido nem por um bocadinho de ta ter concedido. Mostraste merecê-la pelo altruísmo e pela fidelidade, pela ajuda, pela paz que me ofereces. É bom saber-te aí - ou seja, aqui. Ao meu lado. Um beijo de muitos parabéns.