Impressões de viagem
Não que as minhas impressões de viagem interessem especialmente, mas como um destes dias, sentada na praia, me deu para escrevinhar, em lugar de deixar o papelucho por aí até se perder passo para aqui o que então escrevi. Em Nice, no dia 29.
Estou junto ao mar. Em vez de areia, esta praia tem pedras, seixos rolados de diferentes tamanhos e cores. O mar é azul turquesa - mas nesta hora do final da tarde, com o sol escondido por entre umas nuvens, ficou apenas azul claro. Pequeninas ondas rebentam mesmo aos meus pés e fazem rolar os seixos, provocando um barulho diferente do usual nas nossas praias de areia fina. Sinto saudades da minha filha - apetecia-me ouvir a sua tagarelice aqui ao lado, enquanto brincasse. Apetecia-me ouvi-la chamar: "Mãe".
À minha direita, ao fundo da Baía dos Anjos, muito longe, avista-se a azáfama do aeroporto, onde aviões não páram de aterrar e descolar. Do lado esquerdo, um alto penhasco delimita a Baía e esconde o porto. Muito ao fundo, as silhuetas dos barcos dão-me vontade de partir. Poucas gaivotas passam por aqui. É pena: fazem-me falta.
Atrás de mim ficam os edifícios emblemáticos de Nice: os hoteis de luxo, o Negresco, o West-End. Não sei em qual deles se situa aquele filme célebre do Cary Grant e da Grace Kelly, cujo nome nunca sei ("O ladrão de jóias?"). Lembro-me mal do filme, mas guardo a recordação de um grande edifício cheio de janelas, de ambos na praia e em Monte Carlo. Seria em Nice? Seria em Cannes?
Gosto da praia assim, quieta, quase sem ninguém, ao final da tarde. Sabe bem não fazer nada e deixar, simplesmente, os pensamentos correr, sem destino, olhando o mar, vendo os seixos vir, e ir, e voltar, devagarinho, ao sabor da leve ondulação.
Estou junto ao mar. Em vez de areia, esta praia tem pedras, seixos rolados de diferentes tamanhos e cores. O mar é azul turquesa - mas nesta hora do final da tarde, com o sol escondido por entre umas nuvens, ficou apenas azul claro. Pequeninas ondas rebentam mesmo aos meus pés e fazem rolar os seixos, provocando um barulho diferente do usual nas nossas praias de areia fina. Sinto saudades da minha filha - apetecia-me ouvir a sua tagarelice aqui ao lado, enquanto brincasse. Apetecia-me ouvi-la chamar: "Mãe".
À minha direita, ao fundo da Baía dos Anjos, muito longe, avista-se a azáfama do aeroporto, onde aviões não páram de aterrar e descolar. Do lado esquerdo, um alto penhasco delimita a Baía e esconde o porto. Muito ao fundo, as silhuetas dos barcos dão-me vontade de partir. Poucas gaivotas passam por aqui. É pena: fazem-me falta.
Atrás de mim ficam os edifícios emblemáticos de Nice: os hoteis de luxo, o Negresco, o West-End. Não sei em qual deles se situa aquele filme célebre do Cary Grant e da Grace Kelly, cujo nome nunca sei ("O ladrão de jóias?"). Lembro-me mal do filme, mas guardo a recordação de um grande edifício cheio de janelas, de ambos na praia e em Monte Carlo. Seria em Nice? Seria em Cannes?
Gosto da praia assim, quieta, quase sem ninguém, ao final da tarde. Sabe bem não fazer nada e deixar, simplesmente, os pensamentos correr, sem destino, olhando o mar, vendo os seixos vir, e ir, e voltar, devagarinho, ao sabor da leve ondulação.