Um pouco mais de azul

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

A minha oração predilecta

Senhor,
fazei de mim um instrumento da vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Senhor,
que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado;
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.


S. Francisco de Assis

Por uma série de coincidências, parece que este blog está a tomar um pendor pró-reflexão de ordem religiosa, que não lhe pretendi imprimir. Coincidências várias a isso levam. E apeteceu-me, na sequência de algumas conversas, deixar aqui o texto da minha oração predilecta. Conhecidíssima, escrita há tantos séculos por esse homem fantástico que foi S. Francisco (vergonha e remorso: ainda não li o livro de Jacques Le Goff sobre S. Francisco, apesar da vontade de o fazer...). Acho-a linda, simples, actual. É um propósito de vida, pleno de tolerância, humildade, alegria, próprio, creio, para crentes e não crentes (estes que tirem as palavras que relevam da Fé, e fiquem com todas as outras).

A minha mãe trouxe um dia, de uma viagem (ainda eu não era nascida), uma espécie de pequenas iluminuras que emoldurou. Uma delas tem esta oração da paz, em francês. Andou perdida pela casa dos meus pais durante anos, até que eu a encontrei. Está agora, numa moldura nova, pendurada na parede ao lado da minha cama. É capaz de ser um bocadito pirosa, mas não me ralo mesmo nada. Quando olho para ela, leio a oração, lembro-me da minha mãe e sorrio. E o dia começa bem.

(Fim dos meus devaneios de natureza religiosa. Por ora)


 
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