Um pouco mais de azul

quarta-feira, julho 13, 2005

Não

Não me digam que a culpa disto é dos americanos. Todos os dias deve suceder o mesmo: crianças iraquianas a rodear os jipes americanos, pedindo guloseimas. O bombista suicida sabia que elas seriam as principais vítimas do seu acto. Morreu um único soldado, mas perderam a vida 24 crianças, enquanto que 18 ficaram feridas. Eram iraquianas, não americanas. Não eram inimigas de ninguém, apenas crianças. Tinham a idade da minha filha. E quando eu penso nas coisas nesses termos, colocando a imagem da Miosótis no lugar de cada um dos rostos anónimos das crianças mortas, que não são mais do que um número entre outros números, tudo muda de figura.


 
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