Por aqui, cheguei aqui. E soube que O Ministério da Segurança Social ordenou o adiamento para Janeiro do pagamento dos subsídios de desemprego e de doença que deveria ser feito nos últimos dias de Dezembro, argumentado dificuldades de tesouraria. (...) O ministério solicitou também que fosse atrasado o pagamento aos beneficiários que deveriam ter recebido as prestações por doença e desemprego a 16 e 20 de Dezembro, respectivamente.
E tudo porquê? Para equilibrar as contas, por causa da má gestão dos dinheiros públicos. Afinal, trata-se de 165 milhões de euros. De acordo com o "Diário Económico", o "Estado, ao transferir algumas despesas para o próximo ano, alivia a execução orçamental de 2004", o mesmo é dizer que alivia o défice público.
Estou indignada. Não saberão aqueles que ainda nos (des)governam que para quem recebe misérias todos os tostões contam, e um ou dois dias de atraso pode significar problemas graves? Porque não cortaram os srs. governantes nos seus subsídios de Natal, por exemplo? É que "no subsector da Segurança Social, a contabilização das despesas se faz numa óptica de caixa".Ou seja, pode-se jogar com o atraso de uns dias e a passagem dos pagamentos para 2005. Jogando com a vida das pessoas que já têm o azar de depender de subsídios de desemprego ou de doença. Os mais fracos, claro.
Se eu não pagar à Segurança Social no prazo devido a prestação mensal da minha empregada doméstica, pago juros. Se a Segurança Social não pagar no prazo devido aquilo que deve, que acontece? Paga com juros de mora, também?
O meu comentário, quando tomei conhecimento disto, foi só um: filhos da puta. Raramente uso expressões destas (e muito menos aqui, onde a minha filha me pode ler). Mas há gente que só pode ser classificada desta forma.
O meu comentário, quando tomei conhecimento disto, foi só um: filhos da puta. Raramente uso expressões destas (e muito menos aqui, onde a minha filha me pode ler). Mas há gente que só pode ser classificada desta forma.
Adenda - Parece que a notícia foi desmentida pelo Governo (leia-se aqui). Esperemos que de facto não seja verdade. Para eu ter menos vergonha de ter uma classe política como a nossa.