Um pouco mais de azul

sábado, dezembro 25, 2004

Companhias

The Gentle Side of John Coltrane. Velas acesas, que deixam sombras tremeluzentes na parede da sala. Uma lareira acesa, aconchegante. Chá quente. Trabalho (sim, trabalho). Enquanto espero, num dia de Natal atípico (que seja mesmo atípico!), que regresse quem enche esta casa. A família do pai tem também direitos, mas este custa tanto a ceder... Vale-me saber que ela está quase boa, e feliz com os primos, alguns dos quais nem sequer conhecia.

Não. Os casamentos não se deviam desfazer. Pelo menos quando há filhos. Ontem à noite, dava na 2: aquela irritante série da bruxinha Sabrina; ela não casava, no último momento, por ver (graças à magia) que o seu cristal mágico não encaixava na perfeição com o do noivo; à saída da igreja, aguardava-a aquele cujo cristal se ajustava perfeitamente ao seu. Devia haver uma coisa destas na realidade. Ou um certificado de garantia, sei lá. Assim se poupariam muitos desgostos e desilusões, muitos corações partidos ou apertadinhos, muitos projectos de vida estragados, muitas lágrimas em carinhas que não mereciam chorar. E no Natal não haveria que estar longe do pai ou da mãe, antes estariam todos juntos, unidos, amando-se.


 
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