Um pouco mais de azul

quarta-feira, setembro 29, 2004

Continente

Caro Sr. Eng. Belmiro de Azevedo

Acaba de perder uma cliente do Continente on-line. O seu hipermercado é o único que existe no raio desta cidade onde vivo, e quando começou a ter serviço on-line eu aderi. Apesar de alguns problemas, estava satisfeita com o serviço, que usei durante cerca de um ano; tinha a vantagem imensa de receber no conforto de minha casa as compras que escusava de ir fazer, entregues por funcionários muito delicados com quem se criava uma relação pessoal que fazia lembrar o comércio tradicional. No mês passado, foi impossível fazer compras por esse meio, sem perceber porquê. Ontem, com nova tentativa, fiquei à beira de um ataque de nervos, e sem conseguir comprar o que quer que fosse. Mas, sendo por natureza teimosa e achando que a minha persistência conseguiria vencer as recalcitrâncias de qualquer sistema informático armado em parvo, estive desde as 14h até às 23h com o site do Continente aberto, tentando fazer as compras. Que ora apareciam, ora desapareciam do écran; que demoravam longuíssimos minutos a ser introduzidas no carrinho de compras; que se multiplicavam inexplicavelmente por 3, 4, 5 ou 10, consoante desse na veneta ao servidor. O computador encravou três vezes graças ao seu site, e por três vezes tive de o reiniciar. Por fim, rendi-me à evidência que nem sequer a minha teimosia e o meu optimismo foram capazes de vencer a porcaria de erros do seu site, e desisti. Vou fazer as minhas compras à moda tradicional, e garanto-lhe que não no seu hipermercado.
De certeza que nas suas empresas existe alguém que percebe de informática - por favor, ponha-o a trabalhar no Continente on-line. Os clientes agradecem, e provavelmente o senhor ganha mais algum dinheiro para os trocos.


 
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