Mutatis mutandis...
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Estes versos de Drummond de Andrade podem aplicar-se, mutatis mutandis*, ao que sinto diante dos papéis com que trabalho. Mas só com muita imaginação, ou melhor, muita mutação de sentido e um humor bastante negro consigo achar que os dois últimos versos do poema se adaptam igualmente bem:
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
* Pois, latim, que querem? Estou a escrever uma tese, que é coisa séria e erudita; isto são efeitos secundários.
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Estes versos de Drummond de Andrade podem aplicar-se, mutatis mutandis*, ao que sinto diante dos papéis com que trabalho. Mas só com muita imaginação, ou melhor, muita mutação de sentido e um humor bastante negro consigo achar que os dois últimos versos do poema se adaptam igualmente bem:
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
* Pois, latim, que querem? Estou a escrever uma tese, que é coisa séria e erudita; isto são efeitos secundários.