Recordações de mãe
Dia de arrumações. Entre muitas outras coisas, abro a mala onde guardo as primeiras roupas da minha filha. As camisolinhas interiores levadas para a sala de parto. O primeiro babygrow que vestiu, tão pequenino, mas onde se perdia - e ficava tão zangada, sem conseguir esticar as pernitas! O fatinho cor-de-rosa comprado quando soube ser uma menina. Os casaquinhos de malha feitos pela avó, pela tia, por mim. Os lençóis bordados amaciados pelos anos, que já envolveram o pai ou a mãe. A cada peça, uma recordação - de um momento, de um riso, do cheiro bom a bebé lavadinho e fresco.
Ponho de lado, para dar, aquilo de que me consigo separar. Guardo ciosamente as peças que me são mais queridas, dobrando-as com o mesmo carinho com que há anos as comprei ou fiz, lavei e vesti, como pequenos tesouros carregados de recordações que me acompanharão sempre. Com eles, o casaquinho e as botinhas de lã minúsculos tricotados em tempos de uma doce expectativa gorada que nunca tiveram dono...
Ponho de lado, para dar, aquilo de que me consigo separar. Guardo ciosamente as peças que me são mais queridas, dobrando-as com o mesmo carinho com que há anos as comprei ou fiz, lavei e vesti, como pequenos tesouros carregados de recordações que me acompanharão sempre. Com eles, o casaquinho e as botinhas de lã minúsculos tricotados em tempos de uma doce expectativa gorada que nunca tiveram dono...