Um pouco mais de azul

terça-feira, outubro 11, 2005

Às vezes

... mas só às vezes, gostava de ser a arrumação personificada. Quando, por exemplo, procuro em vão o caderno de endereços; ou quando não sei onde enfiei o carregador do telemóvel (felizmente, daquele que raramente utilizo).
No entanto, a verdade é que eu detestaria ter sempre tudo arrumado. Uma casa sem nada fora do sítio parece não ter vida, sobretudo se nela morar uma criança. E qual é a piada de ter um guarda-fatos ou uma cómoda onde se encontra à primeira aquilo que se procura? Ou um escritório onde os papéis parecem disciplinados soldadinhos sempre no seu lugar, em lugar de rebeldes que fogem quando os tento encontrar?
(Pois, pois, desculpas... Amanhã vais continuar a arrumar aquela papelada toda, ouviste, Zu? -assim falou o meu Grilo Falante privativo)


 
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