Um pouco mais de azul

terça-feira, outubro 04, 2005

(Post meio pró parvo que me apeteceu escrever; eu própria posso rebater tudo quanto nele é dito)

Apaixonarmo-nos é uma coisa absolutamente parva (maravilhosa, fantástica, tudo isso - mas agora interessa-me o lado parvo da coisa). De repente, alguém surge aos nossos olhos como especial, mesmo que não o seja (em geral, não é). Interessamo-nos por aquilo de que o outro gosta (mesmo que seja futebol). Ouvimo-lo falar sobre temas que nos parecem fascinantes, já que estamos a jsar umas lentes cor-de-rosa que afectam a percepção da realidade (na verdade, o tema era tão interessante como as asas das moscas ou os hábitos alimentares dos ornitorrincos, quando não girava simplesmente em torno do umbigo do objecto da nossa paixão).
Um dia, acordamos. E descobrimos que a tal pessoa nem era especial, que apanhámos valentes secas a tentar partilhar os seus gostos, que a conversa dela não tinha o menor interesse, que demos tudo sem receber nada em troca, que nem sequer na cama era alguma coisa de jeito, e que não merecia nem um décimo de quanto lhe tinhamos dado.

Claro que há os outros casos. É o que vale.


 
Site 

Meter